Linguagem sexista
Patrícia Ramos*
Nos últimos anos, a presença feminina em funções cada vez mais diferenciadas no mercado de trabalho, na política, na administração, entre outras, trouxe a necessidade de traduzir para o vocabulário o que vem sendo vivido.
Perceber as variações da linguagem no masculino e no feminino pode parecer bobagem, mas pode deixar de sê-lo na medida em que nos dermos conta do quanto as sutilezas da linguagem acabam sendo incorporadas não só em nossa forma de expressão e comunicação mas na visão de mundo que construímos influenciando também nossas atitudes frente aos outros e frente a nós mesmos (as).
O novo status adquirido pelas mulheres trouxe certas exigências que incluem mudanças profundas em relação ao que aprendemos tradicionalmente na educação discriminatória recebida na família e na escola, tanto no conteúdo como na linguagem.
Ao analisarmos a língua portuguesa constatamos que nela a linguagem é discriminatória para as mulheres. O masculino é genérico em nossa língua. O feminino dissolve-se por detrás do masculino, expressando ideologicamente a ocultação objetiva da mulher pelo homem.
Não se pode negar que a história tem grande influência no fato de generalizarmos no masculino em quase todas as situações. Porém a história é mutável. Mudar a linguagem sexista significa aceitar o desafio de romper com práticas sexistas para criar nova consciência e novas atitudes e formas de ralações entre homens e mulheres.
Nos dias atuais temos que deixar de só reproduzir, e aprender a pensar para questionar, iniciar novos caminhos, novas formas de organizar o mundo. Definitivamente o reconhecimento da igualdade de direitos humanos de homens e mulheres na sua diversidade de condição humana passa também por uma linguagem não sexista.
*Patrícia Ramos é diretora do Sindicato e funcionária do Santander Real
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Há 2 anos
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