domingo, 31 de maio de 2009

>>>>>PARA PENSAR>>>>>>

O que faz com que toda execução nos ofenda mais que um assassinato? É a frieza dos juízes, a penosa preparação, a percepção de que um homem é ali utilizado como um meio para amedrontar outros. Pois a culpa não é punida, mesmo que houvesse uma; esta se acha nos educadores, nos pais, no ambiente, em nós, não no assassino - refiro-me às circunstâncias determinantes.

(Friedrich Nietzsche, "Humano, demasiado humano", Cia de Letras, p. 63, aforismo 71, ano 2001, São Paulo)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Nossas atividades _ 2 Unidade

Em sala solicitei textos diversos.

1) Resumo crítico e resumo de citação de "Dias de Sombra, dias de Luz";
2) As questões sobre "Gramática" que fomos desenvolvendo em sala;
3) Telas de Hieronymus Bosch;
4) Texto de Chico Buarque de Holanda - cantiga de amigo;
5) Texto de Glauco Mattoso - cantiga de maldizer; satírica;
6) O que é Menestrel;
7) Análise Filme Billy Elliot

Adrieele da Ei 21 nos enviou _ Bom dia a todas e a todos...

Linguagem sexista

Patrícia Ramos*

Nos últimos anos, a presença feminina em funções cada vez mais diferenciadas no mercado de trabalho, na política, na administração, entre outras, trouxe a necessidade de traduzir para o vocabulário o que vem sendo vivido.

Perceber as variações da linguagem no masculino e no feminino pode parecer bobagem, mas pode deixar de sê-lo na medida em que nos dermos conta do quanto as sutilezas da linguagem acabam sendo incorporadas não só em nossa forma de expressão e comunicação mas na visão de mundo que construímos influenciando também nossas atitudes frente aos outros e frente a nós mesmos (as).

O novo status adquirido pelas mulheres trouxe certas exigências que incluem mudanças profundas em relação ao que aprendemos tradicionalmente na educação discriminatória recebida na família e na escola, tanto no conteúdo como na linguagem.

Ao analisarmos a língua portuguesa constatamos que nela a linguagem é discriminatória para as mulheres. O masculino é genérico em nossa língua. O feminino dissolve-se por detrás do masculino, expressando ideologicamente a ocultação objetiva da mulher pelo homem.

Não se pode negar que a história tem grande influência no fato de generalizarmos no masculino em quase todas as situações. Porém a história é mutável. Mudar a linguagem sexista significa aceitar o desafio de romper com práticas sexistas para criar nova consciência e novas atitudes e formas de ralações entre homens e mulheres.

Nos dias atuais temos que deixar de só reproduzir, e aprender a pensar para questionar, iniciar novos caminhos, novas formas de organizar o mundo. Definitivamente o reconhecimento da igualdade de direitos humanos de homens e mulheres na sua diversidade de condição humana passa também por uma linguagem não sexista.


*Patrícia Ramos é diretora do Sindicato e funcionária do Santander Real

Marivone nos enviou...

Marivone disponibilizou-nos estes links nos quais você encontra diversos livros que podem ser baixados sem custos. Vale conferir.


http://www.livrosparatodos.net/busca.html
http://www.coladaweb.com/completos.htm
http://www.lendo.org/baixar-livros-gratis-download/
http://virgulaimagem.redezero.org/300-mil-livros-para-download-gratis/
http://www.ebookcult.com.br/
http://livroseafins.com/2007/08/22/os-1000-livros-mais-procurados-no-dominio-publico-para-baixar-gratis/

Vírgulas!

Recebi de um ex-aluno. Tá na Uesc o cidadão...

Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).
1. Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

2. Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

3. Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

4. Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

5. E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

6. Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

7. A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais ...

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

- Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
- Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

domingo, 24 de maio de 2009

Ponto e vírgula

Ponto E Vírgula

Eu sou um ponto,
No final de um poema,
de uma prosa,
de um conto.
Sou decisão.
Mas, se uma pequena vírgula se aproximar,
e com carinho tocar minha alma ,
e de mansinho,
fizer seu ninho no meu coração.
Entrego o meu destino,
volto a ser menino,
formo um lindo par,
ponto e vírgula singular,
Crio um novo texto;
um pretexto para ser feliz.

Roberto Passos do Amaral Pereira

Ponto e vírgula _ encontrei na net e repasso; vale a leitura...

PONTO E VÍRGULA

O ponto-e-vírgula é um sinal utilizado quando a pausa desejada não é nem tão breve quanto a vírgula, nem tão longa quanto o ponto. O ponto-e-vírgula é, pois, uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.

Quando usá-lo?

1) Em enumerações (muito usadas em textos jurídicos - leis, artigos, decretos, etc. - e em livros didáticos), principalmente se os elementos enumerados forem relativamente extensos e numerosos.

Exemplo: Havia vários fatores que corroboravam sua personalidade violenta: morava numa região muito violenta, na qual tiros e facadas eram algo comum; nunca teve acesso à escola e à boa informação, por não desfrutar as condições econômicas básicas para isso; era espancado pelo pai quando tinha seis anos de idade; etc. Veja que cada elemento enumerado é um período composto, com mais de uma oração (verbo) cada um.

Essa extensão exige uma pausa maior que a vírgula, mas não tão grande quanto o ponto. É aí que entra o ponto-e-vírgula. Você também deve ter notado que entre o último elemento e o etc. também houve o ponto-e-vírgula. Quando os grupos são separados pelo ponto-e-vírgula, o etc., se der continuidade a essa enumeração, deve ser precedido pelo mesmo sinal.

2) Quando a vírgula marca a omissão de um verbo, pode haver, antes do sujeito desse verbo, uma pausa representada pelo ponto-e-vírgula ou pelo ponto simples. Exemplo: O general não temia o que lhe podia acontecer; os soldados, sempre (temiam);

O general não temia o que lhe podia acontecer. Os soldados, sempre (temiam). Se a pausa em questão fosse marcada por uma simples vírgula, o sujeito os soldados poderia ser visto como um elemento intercalado (ver Vírgula), isolado por vírgulas, o que prejudicaria a fluência da leitura: O general não temia o que lhe podia acontecer, os soldados, sempre. Notou como não ficaria bom?

3) Quando você achar que há excesso de vírgulas, uma muito perto da outra, apele ao ponto-e-vírgula entre orações ou termos mais extensos. Em determinadas situações, é um elemento indispensável à boa seqüência do texto. Exemplo: Eles sabiam de tudo o que se passava no colégio interno, mas, como já era de se esperar, nunca fizeram nada. Há uma oração (negrito) entre mas e sua oração (nunca fizeram nada).

E antes do mas há outra vírgula. Poder-se-ia usar o ponto-e-vírgula antes do mas, a fim de diminuir essa virgulada toda e estabelecer uma pausa: Eles sabiam de tudo o que se passava no colégio interno; mas, como já era de se esperar, nunca fizeram nada. Esse não é um caso obrigatório.

O sinal é elucidante, enfatiza o caráter adversativo (contrário) da oração introduzida pelo mas, porém poderia ter sido empregada a vírgula também.

4) Há ainda o caso das conjunções intercaladas. Quando optamos por colocar esses conectivos entre vírgulas (em posição não-inicial na oração), o ponto-e-vírgula é uma ótima opção para marcar a pausa entre as orações. Vejamos: Jonas tem muito dinheiro; não pode, porém, desfrutar suas vantagens.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Oswald de Andrade

Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhado.

domingo, 17 de maio de 2009

2 ANO _ Texto que gostaria de ler com vocês em um sábado desses, vamos combinar????

http://www.usp.br/anagrama/

Entre Castro Alves e Sebastião Salgado: o diálogo condoreiro

Camilla Cafuoco Moreno (Mackenzie)


Trata-se de uma pesquisadora que relaciona o texto verbal, condoreiro, de Castro Alves, com o texto imagético, fotográfico, de Sebastião Salgado, autor que já esteve em algumas edições de vestibulares.

Bjos

Alexandre Fernandes

sábado, 16 de maio de 2009

Piadas Curtas e Boas

Piadas Curtas e Boas no Blog do Victor....

Me diverti demais. (dããããããã~!!!!)

www.viverportugues.blogspot.com

Ainda do Blog do Thiago _ Vale demais!!

http://charges.uol.com.br/2008/01/18/cotidiano-muita-injustica/
http://charges.uol.com.br/2009/03/04/cotidiano-aluno-estranho/

Thiago Leal colocou em seu blog e a gente divide pra multiplicar mais ainda!!!!!!

Estudo Errado - Gabriel O Pensador


Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra aceitar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando espiando colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu num raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda num sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada
Refrão
Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância a exploração e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim cês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

Alcione _ Coordenadora querida, gentilmente nos enviou este texto de Millor Fernandes.... Leiam, por favor!

A causa da chuva

Millôr Fernandes

Não chovia há muitos e muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. Uns diziam que ia chover logo, outros diziam que ainda ia demorar. Mas não chegavam a uma conclusão.
- Chove só quando a água cai do telhado de meu galinheiro - esclareceu a galinha.
- Ora, que bobagem! - disse o sapo de dentro da lagoa. - chove quando a água da lagoa começa a borbulhar suas gotinhas.
- Como assim? - disse a lebre. - Está visto que só chove quando as folhas das árvores começam a deixar cair as gotas d'água que têm dentro.
Nesse momento começou a chover.
- Viram? - gritou a galinha. - O telhado de meu galinheiro está pingando. Isso é chuva!
- Ora, não vê que a chuva é a água da lagoa borbulhando? - disse o sapo.
- Mas, como assim? - tornou a lebre - Parecem cegos! Não vêem que a água cai das folhas das árvores?

Sinto vergonha de mim! _ Cleide Canton

"Por ter sido educadora de parte desse povo,

por ter batalhado sempre pela justiça,

por compactuar com a honestidade,

por primar pela verdade

e por ver este povo já chamado varonil

enveredar pelo caminho da desonra.



Sinto vergonha de mim

por ter feito parte de uma era

Que lutou pela democracia,

pela liberdade de ser

e ter que entregar aos meus filhos,

simples e abominavelmente,

a derrota das virtudes pelos vícios,

a ausência da sensatez

no julgamento da verdade,

a negligência com a família,

célula-mater da sociedade,

a demasiada preocupação

com o "eu" feliz a qualquer custo,

buscando a tal "felicidade"

em caminhos eivados de desrespeito

para com o seu próximo.



Tenho vergonha de mim

pela passividade em ouvir,

sem despejar meu verbo,

a tantas desculpas ditadas

pelo orgulho e vaidade,

a tanta falta de humildade

para reconhecer um erro cometido,

a tantos "floreios" para justificar

atos criminosos,

a tanta relutância

em esquecer a antiga posição

de sempre "contestar",

voltar atrás

e mudar o futuro.



'Tenho vergonha de mim

pois faço parte de um povo

que não reconheço,

enveredando por caminhos

que não quero percorrer...



Tenho vergonha da minha impotência,

da minha falta de garra,

das minhas desilusões

e do meu cansaço.

Não tenho para onde ir

pois amo este meu chão,

vibro ao ouvir meu Hino

e jamais usei a minha Bandeira

para enxugar o meu suor

ou enrolar meu corpo

na pecaminosa manifestação de nacionalidade.



Ao lado da vergonha de mim,

tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!





"De tanto ver triunfar as nulidades,

de tanto ver prosperar a desonra,

de tanto ver crescer a injustiça,

de tanto ver agigantarem-se os poderes

nas mãos dos maus,

o homem chega a desanimar da virtude,

a rir-se da honra,

a ter vergonha de ser honesto".

Mulata Exportação _ Elisa Lucinda

Mas que nega linda
E de olho verde ainda
Olho de veneno e açúcar!
Vem nega, vem ser minha desculpa
Vem que aqui dentro ainda te cabe
Vem ser meu álibi, minha bela conduta
Vem, nega exportação, vem meu pão de açúcar!
(Monto casa procê mas ninguém pode saber, entendeu
meu dendê?)
Minha torneira, minha história contundida
Minha memória confundida, meu futebol, entendeu,
meu gelol?
Rebola bem meu bem-querer, sou seu improviso,
seu karaokê;
Vem nega, sem eu ter que fazer nada.. Vem sem
ter que me mexer
Em mim tu esqueces tarefas, favelas, senzalas,
nada mais vai doer.
Sinto cheiro docê, meu maculelê, vem nega, me
ama, me colore
Vem ser meu folclore, vem ser minha tese sobre
nego malê.
Vem, nega, vem me arrasar, depois te levo pra
gente sambar.”
Imaginem: Ouvi tudo isso sem calma e sem dor.

Já preso esse ex-feitor, eu disse: “seu delegado...”
E o delegado piscou.
Falei com o juiz, o juiz se insinuou e decretou
pequena pena
com cela especial por ser esse branco intelectual...
Eu disse: “Seu Juiz, não adianta! Opressão, Barbaridade,
Genocídio
nada disso se cura trepando com uma escura!”
Ó minha máxima lei, deixai de asneira
Não vai ser um branco mal resolvido
que vai libertar uma negra:
Esse branco ardido está fadado
porque não é com lábia de pseudo-oprimido
que vai aliviar seu passado.
Olha aqui meu senhor:
Eu me lembro da senzala

E tu te lembras da Casa-Grande
e vamos juntos escrever sinceramente outra história
Digo, repito e não minto:
Vamos passar essa verdade a limpo
porque não é dançando samba
que eu te redimo ou te acredito
“Vê se te afasta, não invista, não insista!
Meu nojo!
Meu engodo cultural!
Minha lavagem de lata!
Porque deixar de ser racista, meu amor,
não é comer uma mulata!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

URGENTE!!! AMANHÃ TEREMOS AULA DE PORTUGUÊS!!!!

Senhores, favor divulgar para os amigos do 1A e do 1B

que amanhã estarei em sala. Suspendi a atividade na UESB e

estarei com vocês.

Bjos
Alexandre

Avaliação II Unidade _

I ANO

Blog

Prova

Trabalho da Revista

Participação Oral

Prod. de Texto / Billy Elliot

Capão Pecado - Ferréz - Relato pessoal

Recital de Poesia Negra


II ANO

Blog

Prova

Trabalho do Jornal

Participação Oral

Prod. de Texto / Billy Elliot

Recital de Poesia - Augusto dos Anjos

Recital de Poesia Negra

domingo, 10 de maio de 2009

Cora Coralina _ Especial _ Pra gente refletir....

Conclusões de Aninha

Cora Coralina

Estavam ali parados. Marido e mulher.
Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça
tímida, humilde, sofrida.
Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,
e tudo que tinha dentro.
Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar
novo rancho e comprar suas pobrezinhas.

O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula,
entregou sem palavra.
A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,
se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar
E não abriu a bolsa.
Qual dos dois ajudou mais?

Donde se infere que o homem ajuda sem participar
e a mulher participa sem ajudar.
Da mesma forma aquela sentença:
"A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar."
Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada,
o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso
e ensinar a paciência do pescador.
Você faria isso, Leitor?
Antes que tudo isso se fizesse
o desvalido não morreria de fome?
Conclusão:
Na prática, a teoria é outra.

Luísa trouxe esta discussão em sala. Vale demais! Leiam, por favor...

DEIXEM EU SER BRASILEIRO!
Marcos Bagno - Fevereiro de 2009

Sou tradutor profissional há mais de vinte e cinco anos e a experiência acumulada nesse tempo me confere uma cristalina certeza: os revisores que trabalham nas nossas editoras pertencem a uma seita secreta com a missão de boicotar ao máximo o português brasileiro, impedir que ele se consagre na língua escrita para preservar tanto quanto possível a norma-padrão obsoleta que eles julgam ser a única forma digna de receber o nome de "língua portuguesa".

Sempre fico irritado quando recebo os meus exemplares de tradutor e, ao reler o que escrevi, encontro uma infinidade de "correções" que representam a obsessão paranóica de expurgar do texto escrito qualquer "marca de oralidade", qualquer característica propriamente brasileira de falar e de escrever o português. É sistemático, é premeditado (só pode ser). Todos os "num" e "numa" que uso são devidamente desmembrados em "em um" e "em uma", como se essas contrações, presentes na língua há mais de mil anos, fossem algum tipo de vício de linguagem. Me pergunto por que não fazem o mesmo com "nesse", "nisso" etc., ou com "no" e "na". Por que essa perseguição estúpida ao "num", "numa"? O mesmo acontece com o uso de "tinha" na formação do mais-que-perfeito composto: "tinha visto", "tinha dito", "tinha falado" são implacavelmente transformados em "havia visto" etc., embora qualquer criancinha saiba que o verbo "haver", no português brasileiro, é uma espécie em extinção, confinada a raríssimos ecossistemas textuais...

É claro que o sintoma mais visível e gritante desse boicote consciente ao português brasileiro é a putrefacta colocação pronominal. A próclise, isto é, o pronome antes do verbo, é veememente combatida, ainda que ela seja a única regra natural de colocação dos pronomes oblíquos na nossa língua. O combate é tão furibundo que até mesmo onde a tradição gramatical exige a próclise ela é ignorada, e os livros saem com coisas como "não conheço-te", "já formei-me", "porque viram-nos". Isso para não mencionar a jurássica mesóclise, que alguns necrófilos ainda acham que é uma opção de colocação pronominal, desprezando o fato de que se trata de um fenômeno gramatical morto e enterrado na língua dos brasileiros há séculos.

Senhoras revisoras e senhores revisores, deixem a gente escrever em português brasileiro, pelo amor de Oxum! Consultem os seus calendários: estamos no século 21! Vão estudar um pouco, saiam de sua redoma de vidro impermeável às mudanças da língua e venham aprender como se fala e se escreve o português do Brasil! Leiam alguns verbetes dos nossos melhores dicionários e aprendam que não tem nada de errado em escrever "assisti o filme", "deixa eu ver", que a forma "entre eu e você" não é nenhum atentado contra a língua, nem muito menos "eu custo a crer"! Esqueçam o que dizem pasquales, sacconis e squarisis, esses charlatães da gramática que não enxergam um palmo adiante do nariz! Ouçam os apelos de José de Alencar, Mário de Andrade, Monteiro Lobato e tantos outros que há tanto tempo pedem, suplicam, imploram: deixem eu falar e escrever na minha língua, na língua que é a única capaz de expressar meus sentimentos, emoções e idéias! Deixem eu ser brasileiro, deixem eu escrever para ser entendido pelos meus contemporâneos!

terça-feira, 5 de maio de 2009

MAFALDA _ RECEBI POR EMAIL.... LINDA! OBRIGADO!

RECEBI DE VALÉRIA, PSICÓLOGA DE NOSSA ESCOLA UM EMAIL COM O TEXTO ABAIXO. REPASSO-O POR CRER SER DA MAIOR IMPORTÂNCIA... OBRIGADO VALÉRIA!!!

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou a seguinte carta escrita em homenagem a Augusto Boal, falecido neste sábado, 2 de maio.



Companheiro Boal,

A ti sempre estimaremos por nos ter ensinado que só aprende quem
ensina. Tua luta, tua consciência política, tua solidariedade com a
classe trabalhadora é mais que exemplo para nós, companheiro, é uma
obra didática, como tantas que escreveu. Aprendemos contigo que os
bons combatentes se forjam na luta.

Quando ingressou no coletivo do Teatro de Arena, soube dar expressão
combativa ao anseio daqueles que queriam dar a ver o Brasil popular, o
povo brasileiro. Sem temor, nacionalizou obras universais, formou
dramaturgos e atores, e escreveu algumas das peças mais críticas de
nosso teatro, como Revolução na América do Sul (1961). Colaborou com a
criação e expansão pelo Brasil dos Centros Populares de Cultura (CPC),
e as ações do Movimento de Cultura Popular (MCP), em Pernambuco.

Mostrou para a classe trabalhadora que o teatro pode ser uma arma
revolucionária a serviço da emancipação humana.

Aprendeu, no contato direto com os combatentes das Ligas Camponesas,
que só o teatro não faz revolução,. Quantas vezes contou nos teus
livros e em nossos encontros de teu aprendizado com Virgílio, o líder
camponês que te fez observar que na luta de classes todos tem que
correr o mesmo risco.

Generoso, expôs sempre por meio dos relatos de suas histórias, seu
método de aprendizado: aprender com os obstáculos, criar na
dificuldade, sem jamais parar a luta.

Na ditadura, foi preso, torturado e exilado. No contra-ataque,
desenvolveu o Teatro do Oprimido, com diversas táticas de combate e
educação por meio do teatro, que hoje fazemos uso em nossas escolas do
campo, em nossos acampamentos e assentamentos, e no trabalho de
formação política que desenvolvemos com as comunidades de periferia
urbana.

Poucas pessoas no Brasil atravessaram décadas a fio sem mudar de
posição política, sem abrandar o discurso, sem fazer concessões, sem
jogar na lata de lixo da história a experiência revolucionária que se
forjou no teatro brasileiro até seu esmagamento pela burguesia
nacional e os militares, com o golpe militar de 1964.

Aprendemos contigo que podemos nos divertir e aprender ao mesmo tempo,
que podemos fazer política enquanto fazemos teatro, e fazer teatro
enquanto fazemos política.

Poucos artistas souberam evitar o poder sedutor dos monopólios da
mídia, mesmo quando passaram por dificuldades financeiras. Você,
companheiro, não se vergou, não se vendeu, não se calou.

Aprendemos contigo que um revolucionário deve lutar contra todas,
absolutamente todas as formas de opressão. Contemporâneo de Che
Guevara, soube como ninguém multiplicar o legado de que é preciso se
indignar contra todo tipo de injustiça.

Poucos atacaram com tanta radicalidade as criminosas leis de incentivo
fiscal para o financiamento da cultura brasileira. Você, companheiro,
não se deixou seduzir pelos privilégios dos artistas renomados. Nos
ensinou a mirar nos alvos certeiros.

Incansável, meio século depois de teus primeiros combates, propôs ao
MST a formação de multiplicadores teatrais em nosso meio. Em 2001
criamos contigo, e com os demais companheiros e companheiras do Centro
do Teatro do Oprimido, a Brigada Nacional de Teatro do MST Patativa do
Assaré. Você que na década de 1960 aprendeu com Virgílio que não basta
o teatro dizer ao povo o que fazer, soube transferir os meios de
produção da linguagem teatral para que nós, camponeses, façamos nosso
próprio teatro, e por meio dele discutir nossos problemas e formular
estratégias coletivas para a transformação social.

Nós, trabalhadoras e trabalhadores rurais sem terra de todo o Brasil,
como parte dos seres humanos oprimidos pelo sistema que você e nós
tanto combatemos, lhes rendemos homenagem, e reforçamos o compromisso
de seguir combatendo em todas as trincheiras. No que depender de nós,
tua vida e tua luta não será esquecida e transformada em mercadoria.

O teatro mundial perde um mestre, o Brasil perde um lutador, e o MST
um companheiro. Nos solidarizamos com a família nesse momento difícil,
e com todos e todas praticantes de Teatro do Oprimido no mundo.

Dos companheiros e companheiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

02 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009

TRABALHO 2 UNIDADE _ 1º e 2º ANOS

A PARTIR DO EXCERTO ABAIXO E DE SUA ANÁLISE DO FILME "BILLY ELLIOT" PRODUZA UMA ANÁLISE DA QUESTÃO: DANÇA, SEXUALIDADE, EDUCAÇÃO, CULTURA.
A VERSÃO FINAL DE SEU TEXTO DEVE SER ENTREGUE PARA O PROFESSOR EM 29 DE MAIO DE 2009.
O FILME "BILLY ELLIOT" SERÁ EXIBIDO E DISCUTIDO NA SEXTA DE TARDE, 13:30, 15 DE MAIO. AQUELES QUE NÃO PUDEREM POR QUALQUER RAZÃO ASSISTIR CONOSCO AO FILME, DEVERÃO VÊ-LO EM CASA.




"A EVOLUÇÃO DAS RELAÇÕES MASCULINO/FEMININO (...) SE REVELA PARTICULARMENTE INTERESSANTE. A DANÇA FOI, DE INÍCIO, UMA OCUPAÇÃO MASCULINA; MARGINAIS E EM CONDIÇÃO PRECÁRIA, AS MULHERES ACOMPANHAVAM TROVADORES E ACROBATAS. A IMAGEM DE SALOMÉ, DANÇANDO PARA OBTER A CABEÇA DE JOÃO BATISTA, É A ENCARNAÇÃO DO FEMININO MAIS SOMBRIO. 'CADA VEZ QUE SE DANÇA, CORTA-SE A CABEÇA DE JOÃO BATISTA', ESCREVE O ESCRITOR ITALIANO BERNARDINO DA FELTRI. DEPOIS AS MULHERES SE AFIRMARAM EM PAPÉIS DE DANÇA NO SÉCULO XVIII, E PODE-SE SE IMAGINAR QUE O BALÉ ROMÂNTICO, (...) FOI CRUSCIAL PARA A IDEALIZAÇÃO DO CORPO FEMININO E PARA O ADVENTO DA 'DIVA'. DÁ-SE ENTÃO, UMA REVERSÃO NOS PAPÉIS SEXUAIS. PASSA A HAVER UMA CONOTAÇÃO FEMININA DA DANÇA E A IDÉIA DE QUE É INCONVENIENTE PARA UM HOMEM, DANÇAR. VIU-SE AÍ UM SINAL DE EFEMINIZAÇÃO, E PRINCIPALMENTE NAS FAMÍLIAS DE ORIGEM POPULAR, NAS QUAIS, OS ESTEREÓTIPOS SEXUAIS SÃO MAIS FORTES, RESISTIA-SE AO DESEJO DO RAPAZ QUE QUISESSE TORNAR-SE DANÇARINO, COMO SE PODE VER NO BELÍSSIMO FILME INGLÊS 'BILLY ELLIOT'.
SOB A INFLUÊNCIA DE COREÓGRAFOS COMO MARTA GRAHAM OU MERCI CUNNINGHAM, A DANÇA PÓS-MODERNA DISSOLVE AS ANTIGAS HIERARQUIAS E EMBARALHA A PERCEPÇÃO DE GÊNERO.(p.132)

(PERROT, MICHELE. MINHA HISTÓRIA DAS MULHERES. SÃO PAULO: CONTEXTO, 2007).