sexta-feira, 21 de novembro de 2008

PÉROLA

Dia de Maria, dia de José

Álvaro Meneses de Oliveira



Levantei cedo, cinco da manhã, fiz o café da manhã para todos, coloquei a carne do almoço de hoje na panela de pressão, lavei os pratos e limpei a cozinha, troquei as sacolas de lixo do banheiro e botei um novo rolo de papel higiênico, voltei pro quarto, não pra dormir! Arrumei a cama, coloquei o despertador dele pra daqui uma hora soar aquele alarme irritante. Tomei banho, bebi um pouquinho de café, sem alimentação extravagante, pra não engordar, acordei as crianças, às vestir com seus uniformes, passei na escola, às deixei lá, com um beijo em cada uma, e fui para o trabalho.



Levantei cedo, com um porre do caramba, logo após o despertador ter tocado, tomei banho e depois o café da manhã, que já estava pronto na mesa. Assistir dez minutos do noticiário e depois partir pro trabalho.



Cheguei no trabalho, primeiro que todos, arrumei minha sala, sentei na minha cadeira, arrumei a papelada em cima da mesa e abrir aquele sorriso que já está quase paralisado em meu rosto, para agradar as pessoas e esconder minha infelicidade. Passei o dia atendendo centenas de pessoas, vários tipos diferentes, tive que manter a paciência com cada um, porém, teve senhor que tava me enchendo o saco, que não conseguiu resolver seu problema e ficou inventando histórias para o gerente, que me disse para eu me por em meu lugar. Pensando bem, que lugar é esse que os outro sempre querem me por, deve ser o espaço que a sociedade criou para agente, para nos conter e nos controlar. Voltei pra casa correndo para preparar o almoço.



Cheguei no trabalho, ainda não havia começado o expediente, enquanto isso fiquei jogando conversa fora com meus companheiros. Quando começou, me dirigir para minha máquina e ergui alguns ferrolhos que faziam parte da obra, depois de algum tempo tivemos o horário do lanche, onde ficamos comendo e assobiando para as gostosas que passavam por perto da construção. Depois, trabalhei na minha maquina mais algumas horas, quando acabou o expediente matutino voltei tranquilamente pra casa, a tempo de pegar o almoço.



Voltei, preparei o feijão que estava na panela, temperei a carne e cozinhei o arroz. Arrumei os pratos na mesa. Ele chegou na hora certa, e se pôs a almoçar com agente.

Quando terminei, tirei a mesa e lavei os pratos. Tomei banho, escovei os dentes e falei com as crianças para irem fazer suas atividades. Minutos depois voltei pro trabalho.



Voltei, tomei banho, e fui pro almoço, que por sinal tinha saído atrasado, sorte dela eu ter demorado um pouco mais pra chegar. Terminei, fui dormir meia hora, acordei e fui pro trabalho.



Lá foi a mesma coisa que de manhã, fora alguns clientes chatos a mais e as cobranças sem motivo do gerente, não sei porque?! Estava fazendo meu trabalho corretamente.

Nessa noite eu voltei pra casa um pouco preocupada por causa das ameaças do meu chefe, de tirar o meu emprego caso eu não aceita-se suas propostas indecentes, aquele velho nojento!



Hoje eu num vi a hora de sair da firma. E quando essa hora chegou, fui com toda minha galera pro buteco aliviar o cansaço do dia e tomar uma geladinha, claro que também levamos algumas mulheres conosco, pra da umas pegadinhas nelas pra esquecer aquela baranga preguiçosa lá de casa que não faz nada direito. Meia noite eu volte pra casa.



Quando ele chegou, eu o esperava preocupada, percebi que estava bêbado de novo, também percebi que logo ele iria se irritar porque não havia janta e que iria sobrar porrada pra mim. Ele veio esturrando com aquele bafo de pinga, não entendeu minha desculpa de que estava muito cansada e não conseguir fazer a janta, aliás, ele nunca entende nada que eu digo. Por causa disso eu sofro calada.



E é na noite que nosso dia se encontra, nessa historia vivida dia após dia, da “igualdade” entre duas pessoas, pois meu nome é Maria e o meu é José.

Um comentário:

genius disse...

prof. pega meu blog ai
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